Equipamentos e conectores de fibra ótica


Autores: 
Jonathan Lopes
Janedja Fernandes

 Equipamentos de fibra ótica

Com os avanços da tecnologia do cabo par trançado e conexões que permitem taxas de transferências de 10 gigabits em redes do tipo ethernet, porque usar fibra em redes aonde é possível utilizar os 100m de cabo par trançado?
A resposta pra isso talvez se encontre no fato que as conexões aonde é possível utilizar o cabo UTC ou STC ainda o utilizam. São raras as ocasiões aonde uma conexão por fibra ótica é utilizada sem que haja a impossibilidade de utilizar o par trançado, tais como grandes extensões da ligação (acima dos 100m do cabo par trançado) ou ligações que passam por áreas de grande interferência eletromagnética (usinas elétricas, subestações).
Mas se é utilizada a fibra em ligações acima de 100m, porque não utilizar em ligações com menores distâncias? A resposta a essa pergunta é simples: o preço. Equipamentos de fibra ótica, tais como equipamentos terminais ou repetidores são muito caros, o que inviabiliza sua utilização em redes de pequeno porte. Devido a isso há uma gama de equipamentos, não apenas para a utilização da rede, mas sua interligação com as redes locais, aonde predomina o par trançado.

Equipamentos terminais.

Como as redes de fibra óticas são utilizadas em redes de longas distâncias e as redes locais utilizam redes cabeadas, o primeiro equipamento que é encontrado nas redes de fibra ótica são os equipamentos que realizam essa interligação. Esses são os equipamentos terminais.
Os equipamentos terminais são, normalmente, multiplexadores que recebem várias conexões de redes de cabo par trançado e as transmite em uma rede de fibra ótica. Sua função é simplesmente pegar as informações que trafegam na rede ótica e traduzir para pulsos elétricos para serem transmitidas por cabos.


 Vale salientar porem que, com o avanço das redes cabeadas e as demandas de algumas empresas (ou pessoas com excelentes condições financeiras) por conexões cada vez mais rápido com a internet, já existem no mercado equipamentos conversores de fibra ótica para cabo par trançado com apenas uma conexão.




Amplificadores de linha

Mesmo que a fibra ótica tenha uma baixa atenuação de sinal, ainda há a necessidade de regenerar esse sinal ao passo que as distâncias vão ficando maiores. Retirar esse sinal, processar e enviar esse sinal novamente pela rede pode não ser uma boa ideia, pois elevaria bastante o custo e adicionaria um retardo na rede (o tempo de conversão do sinal ótico para sinal elétrico e do sinal elétrico para sinal ótico novamente). Logo há a necessidade de uma equipamento que regenere esse sinal sem a necessidade da conversão desses sinais. Esse é o Amplificador de linha.


Esses equipamentos regeneram o sinal ótico com todos os comprimentos de onda (podem existir vários comprimentos de onda, cada um carregando uma informação diferente, no mesmo cabo). Porém, eles também amplificam os ruídos (sinais que não fazem sentido na rede). Por isso, quando esses ruídos atingem um determinado patamar, deve-se utilizar de outro equipamento de rede que permita a regeneração do sinal original. Como esse equipamento vai introduzir retardos na rede e também aumentar os custos da mesma, esse patamar deve ser bem estudado pelo projetista da rede.

Multiplexadores óticos (multiplexadores add-drop)

Os multiplexadores terminais não são os únicos multiplexadores em uma rede de fibra ótica. Basta imaginar o que aconteceria se fosse necessário adicionar um multiplexador terminal no meio do caminho de uma fibra ótica.
Enquanto os multiplexadores terminais trabalham com as pontas do sistema, inserindo informações que trafegarão na rede de uma ponta a outra, o multiplexador add-drop insere e retira informações da rede durante seu percurso, o que possibilita a inserção de mais multiplexadores terminais a rede, ampliando assim sua abrangência.



Esses equipamentos permitem ainda que o meio de transmissão seja compartilhado por outros equipamentos, formando assim uma topologia em barra (ou anel, como é mais comumente utilizado) e reduzindo os custos da implantação desse tipo de tecnologia.

Equipamento Óptico de Conexão Cruzada

Assim como nas redes convencionais, a rede de fibra ótica também possui roteadores. Esses equipamentos permitem a interligação de duas redes distintas com a finalidade de trafegar informação de uma rede para a outro.
É importante ressaltar aqui que os equipamentos terminais fazem roteamento entre redes de fibra ótica para par trançado, porém apenas o equipamento ótico de conexão cruzada realiza isso entre redes óticas. Além disso ele trabalha com todos os comprimentos de ondas, diferente dos multiplexadores add-drop que trabalham apenas com um. Por conta disso, precisam ter uma grande capacidade de processamento de informações ou irão inserir um grande retardo na rede e serão bem mais caros que os demais equipamentos.


Conexões e emendas

Em cabos par trançado as conexões são feitas simplesmente por contato, visto que a eletricidade permite isso. Porém a transmissão por meio da luz isso não é tão simples. Primeiro, o princípio que permite que a luz trafeguem em uma fibra sem 'escapar' pela lateral também pode impedir que a luz escape da fibra se a ponta não for cortada no ângulo certo. Além disso, qualquer sujeira na ponta da fibra pode impedir ou dificultar seu funcionamento. Devido a isso há todo um cuidado quanto ao preparo das conexões e emendas.
Primeiro é importante lembrar que existem muitos fabricantes e que os mesmo nem sempre se utilizam dos mesmo padrões de conexão ou até mesmo de frequências de transmissão (problema que pode ser resolvido com uma unidade transponder). Devido a isso existem muitos tipos de conectores no mercado, tais como o LC e o SC.


Cada tipo de conector deve ser utilizado conforme a necessidade dos equipamentos que a rede possui. Entretanto um cabo pode possuir conectores diferentes em suas pontas, de forma a possibilitar as conexões entre máquinas de diferentes fabricantes (desde que utilizem as mesmas frequências ou seja utilizado uma unidade transponder).


A clivagem desses cabos requerem um cuidado especial, principalmente com a limpeza e o corte da fibra. Há uma gama de equipamentos necessários para cada tipo de conector, tais como clivador, guia de clivagem, desencapador do cabo, desencapador da fibra e material de limpeza.


Além das conexões, as emenda também requerem um cuidado. Existem dois tipos de emendas. As emendas por fusão de fibra e as emendas por contato físico. As emendas por contato físico são as mais comuns (devido ao preço das máquinas de fusão de fibra). Elas requerem basicamente os mesmo cuidados e equipamentos que as conexões, visto que são basicamente conectores que unem duas pontas de fibra.
Já as emendas por fusão de fibra requerem um equipamento especial que pode custar algumas dezenas dezenas de milhares de dolares, devido a isso seu uso é restrito a empresas especializadas nesse tipo de serviço.






 
Fonte: Sites da Internet