Virtualização


Virtualização – Máquinas Virtuais
Lauro Sousa, Paulo Fagundes, Ramiro Júnior.

        Tradicionalmente, se você precisasse de duas “máquinas” independentes, cada uma executando sua própria cópia do sistema operacional, você utilizaria dois computadores diferentes para essa finalidade. Supondo, por exemplo, que você quisesse ter uma máquina com o sistema operacional Windows e outra com o Linux, você compraria dois computadores e instalaria o Windows em um e o Linux em outro.
        A medida que o hardware dos computadores evoluiu, cada máquina passou a ter uma capacidade de processamento muito grande, que muitas vezes não é utilizada na sua totalidade pelos programas executados na máquina. Para aproveitar esses recursos que ficam ociosos, foi criado um mecanismo que permite executar mais de um sistema operacional em um mesmo computador, sendo que cada um tem a impressão de que a máquina (o hardware) é apenas dele. Ou seja, cada sistema operacional se comporta realmente como se fosse uma máquina fisicamente separada. Desse modo, os sistemas operacionais não sabem que estão compartilhando um mesmo computador. Interessante, não?

        O referido mecanismo chama-se virtualização, e é uma das grandes áreas da computação atualmente. A virtualização de hardware consiste em rodar vários sistemas operacionais na mesma máquina. Isso é possível com o uso de programas específicos, que geram máquinas virtuais. Muitas empresas já utilizam virtualização e, ao invés de terem um número elevado de computadores atuando como servidores, elas tem um número bem menor de máquinas reais, sendo que em cada uma delas cria e executa diversas máquinas virtuais diferentes. Como cada máquina virtual executa seu próprio sistema operacional, elas podem usar o mesmo sistema operacional, ou sistemas operacionais diferentes. O importante é que elas se comportam como se fossem máquinas reais diferentes.
        A Microsoft possui soluções para problemas referentes ao que acabamos de apresentar, a virtualização. A empresa apresenta recursos como Microsoft Desktop Virtualization. Esta ferramenta permite que os usuários utilizem qualquer aplicativo do ambiente Windows, de qualquer máquina, ao mesmo tempo em que mantém a personalização de sua área de trabalho, como também permite usar os aplicativos que se encontrem no datacenter. Com isso, se torna possível que os funcionários tenham flexibilidade de trabalhar em qualquer lugar ao mesmo tempo em que há conformidade e simplificação do gerenciamento através de uma infraestrutura mais centralizada e unificada.
        Uma das grandes vantagens da virtualização é que os recursos de hardware são melhores utilizados. Suponha que você tenha uma máquina real com velocidade de processamento de X GHz, e Y GB de memória RAM, e nessa máquina real são criadas duas máquinas virtuais. Você pode alocar, por exemplo, X/2 GHz de processamento e Y/2 de Memória para cada máquina virtual. A vantagem é que você pode dizer que se alguém não estiver usando toda a capacidade que lhe foi reservada, esse recurso seja utilizado pela outra máquina virtual. Se as máquinas fossem realmente dois computadores separados essa tarefa normalmente não teria como ser feita.
        A forma mais comum de utilizar o esquema descrito é utilizar um software de virtualização sobre o qual os outros sistemas operacionais são executados. Nas máquinas de empresas, em que normalmente serão criadas várias máquinas virtuais em um único computador real, esse software de virtualização é, ele próprio, um sistema operacional.
        Você pode estar se perguntando: “Já que existe uma versão que eu posso instalar sobre o meu sistema operacional, por que eu iria usar a outra versão que requer a instalação de um sistema operacional específico, isto é, uma versão com seu próprio sistema operacional?” A resposta é: para aumentar o desempenho e facilitar o gerenciamento dos recursos de hardware. Isso acontece porque essas versões que possuem seu próprio sistema operacional são mais completas do que nas versões do software instalado sobre um sistema operacional.
        Desse modo, quando você pretende criar diversas máquinas virtuais sobre o mesmo computador, como é o caso de muitas empresas, o mais indicado é utilizar a versão que é um sistema operacional. Quando for criar uma, ou mesmo poucas máquinas virtuais, mas que não venham a ter um uso muito intenso, você pode utilizar a versão que executa sobre o sistema operacional instalado em seu computador.
        Enfim, o VDI (Virtualization Desktop Infrastructure), que até então vinhemos falando, facilita o uso otimizado do hardware, permitindo o acesso a vários ambientes do mesmo dispositivo. E com o software de virtualização, ajuda a TI a manter o ambiente corporativo seguro, mesmo quando acessado de dispositivos não-gerenciados.

Referências
MICROSOFT. Disponível em Acesso em 14 de Outubro de 2014.

OLIVEIRA, R.; CARISSIMI, A.; TOSCANI, Simão. Sistemas Operacionais. São Paulo: Editora Bookman, 2009.

XEN. Disponível em: . Acesso em: 14 de Outubro de 2014.

Instituto Metrópole Digital. Disponível em: Acesso em: 14 de Outubro de 2014.